Na senda da Inovação Tecnológica na Educação a Distância

Reflexão sobre “Na senda da Inovação Tecnológica na Educação a Distância” da autoria de Maria João Gomes (2008)


As tecnologias evoluem em quatro direções fundamentais:
Do analógico para o digital (digitalização)
Do físico para o virtual (virtualização)
Do fixo para o móvel (mobilidade)
Do massivo para o individual (personalização)

Carly Fiorina, ex-presidente da HPackard

Tecnologias e Educação a Distância (EaD)
As novas tecnologias trouxeram grande impacto sobre a Educação desenvolvida nos dias actuais, criando novas formas de aprendizagem, disseminação do conhecimento e, especialmente, novas relações entre professor e aluno. Segundo a autora, o papel das tecnologias na educação é cada vez mais reconhecido, quer no ensino presencial, quer no ensino a distância.
O ensino à distância é uma modalidade de ensino oposta ao modelo tradicional, onde a relação pedagógica entre professor/aluno e aluno/aluno é mediada pelo uso de uma ferramenta tecnológica, o que significa que podem não estar presentes (cara a cara) na mesma “sala de aula”.
Na EaD as tecnologias tornam-se assim indiscutivelmente importantes. Como refere a autora, estas e o “potencial que lhes está associado são elementos determinantes, quer pela mediatização dos conteúdos de ensino e aprendizagem, quer em termos de mediatização da relação pedagógica” (Gomes, 2008).

Gerações de Inovação Tecnológica no Ensino a Distância – um novo olhar…

As “gerações de inovação tecnológica” na educação à distância coexistem e todas continuam a ter um papel importante” (Gomes, 2008), considerando que o seu impacto bem como a relevância de cada geração dependente de diversos factores, dos quais destacou o público alvo e as infra-estruturas e tecnologias  disponíveis num determinado contexto de educação/formação.
Apesar das diferenças apontadas pela autora, esta referiu um traço comum e significativo entre elas que “consiste no reconhecimento da importância da evolução das tecnologias e das potencialidades que as mesmas apresentam, na própria evolução e diversificação dos modelos de  EaD” (Gomes, 2008).

Aumenta a facilidade na publicação de informação na web com o surgimento de serviços como os blogues, os wikis e os podcastings, onde a disponibilização deixa de ser exclusivamente do professor/formador e da instituição de ensino/formação para abranger as criações dos próprios alunos/formandos, quer ao nível individual como colectivo. Há um aumento/transformação do “espaço de publicação, partilha e construção colaborativa de conhecimento”. (Gomes, 2008)

Cada vez mais nos deparamos com a criação de novos dispositivos móveis de telecomunicações, como PDAs, telemóveis, leitores de MP3 e MP4, entre outros, com diferentes, e cada vez mais, serviços disponibilizados, tais como visionamento de ficheiros de vídeo, acesso a emissões de rádio online, serviços RRS, podcasting, envio de e-mail ou SMS, etc., que são gradualmente implementados em contextos educativos pelos professores/formadores com distintos objectivos no processo educativo dos alunos/formadores.
A evolução das gerações de EaD trouxe comunidades virtuais e  sistemas de e-Learning mais fáceis de usar, mais  interactivos, mais acessíveis e que permitem maior flexibilidade temporal e espacial do que os sistemas das gerações anteriores.



 


Conclusões…
O EAD tem-se preocupado essencialmente com questões geográficas e temporais, às quais o ensino presencial se mostrava incapaz de dar resposta. Actualmente, é fundamental criar soluções de EAD e, em particular, de e-Learning, que flexibilizem o acesso aos recursos de aprendizagem, em qualquer sítio e a qualquer hora; implementem estratégias pedagógicas adequadas; disponibilizem experiências (reais); suportem relações de cooperação; ajudem a aprendizagem apoiando-se nas TIC mais recentes e sobretudo mais eficazes.
(…) um mesmo curso, instituição ou país podemos ter presentes várias gerações de EaD, em contextos diferenciados ou até em articulação.” (Gomes, 2008)
Segundo a autora, a coexistência de várias gerações tecnológicas na EaD é uma necessidade e vantagem.

Referências Bibliográficas
Gomes, M. J. (2008). Na senda da inovação tecnológica na educação a distância. Revista Portuguesa de Pedagogia 42-2 (2008). Coimbra: Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, 181-202.

Moran, J. (s.d.). A integração das tecnologias na educação. Acessível em http://www.eca.usp.br/prof/moran/integracao.htm. consultado em 17.01.2011

Sem comentários:

Enviar um comentário